quarta-feira, 4 de março de 2015

[SUPER LEITURA] Cinquenta Tons de Cinza: Falta sofisticação aos diálogos - apenas uma análise!



Amigos, Saylon Sousa de volta!
Como prometido, trouxe uma super novidade para essa estreia de coluna. Nas últimas semanas apresentei alguns textos na nossa coluna MOMENTO OTAKU, mas garanti que em março iria estrear nossa coluna SUPER LEITURA. Não pude deixar de cumprir com essa dívida, então resolvi ir atrás de um material muito bom para divulgar.

Não li, e nem pretendo assistir Cinquenta Tons de Cinza. Contudo acho injusto deixá-los sem uma análise sobre o filme que está mexendo com a cabeça de muitos. Aqui em São Luís até briga na sala de cinema teve entre mulher traída, marido safado e amante (mas isso fica em off).

Conversei com um colega do trabalho, o jornalista Maurício Araya, que escreve para um dos principais portais de notícias do Maranhão. Ele inocentemente postou em uma rede social sobre sua ida ao cinema para apreciar a película, e, pensando no caro leitor, pedi gentilmente a ele para que se pronunciasse (mesmo que em poucas linhas) sobre o fenômeno do audiovisual. Sem delongas trago para vocês essa SUPER LEITURA feita por Maurício. 



Um novo Crepúsculo: essa foi a primeira impressão que tive ao assistir as cenas iniciais do tão esperado Cinquenta Tons de Cinza. Sucesso imbatível de bilheteria - líder em mais de 50 países -, o filme, inspirado no livro de mesmo nome, conta a história de Anastacia Steele (interpretada por Dakota Johnson) e Christian Grey (Jamie Dornan): a moça simples que, por casualidade do destino, é colocada à frente do magnata. Dá para imaginar que o enredo segue uma fórmula da fábula infantil: a sensação de perseguir o inalcançável - assim como Bella, de Crepúsculo, almeja um amor com todas as complexidades de um ser imortal.

Não se apaixonar por Dakota só é possível, ao que parece, para o papel de Dornan: a atriz mostra sensualidade (com sua característica mordida de lábio) e corpo impecável, mas, infelizmente, não convence como uma virgem de 21 anos. Por sua vez, devo reconhecer, Dornan convence como o jovem rico e sedutor de 27 anos (confirmado pelos suspiros ouvidos, frequentemente, na sessão em que estive).

Confesso que não li o livro, e entrar na discussão sobre o abismo entre a expectativa criada pelo imaginário e a realidade apresentada na tela grande é inútil - a experiência ao ler um livro sempre será mais agradável que visualizá-la em um recorte audiovisual -, mas não senti falta de nada. Melhor dizendo: para mim, a história teve começo, meio e criou a expectativa necessária para a continuação da trilogia (Cinquenta Tons mais Escuros, que deve contar com maior controle do best-seller, E. L. James).

É claro que alguns - assim como eu - podem ser levados a acreditar que a linguagem - literalmente, verbal - explorada pelo filme é grosseira - e defendo que é, sim (como no momento em que, questionado por Ana se faria "amor" com ela, Christian dispara: "Não faço amor. Eu fodo, e com força"). Falta sofisticação aos diálogos.

Por outro lado, Cinquenta Tons de Cinza me surpreendeu com a qualidade de sua fotografia e impecável continuidade - é possível perceber o zelo pelos detalhes. As cenas de sexo explícito são na medida, e o assunto central da obra - o sadomasoquismo -, esse sim, é tratado de forma elegante, que nos desperta a curiosidade, o interesse, e não o receio ou aversão.

O único ponto que senti como negativo é o apego da trama ao contrato a ser firmado entre Ana e Grey sobre as condições de tal "relacionamento": as duas horas e meia de duração poderiam ser melhor aproveitadas. Ao fim desse período, a mesma cena que nos entrega à essa deliciosa história de sedução é a de despedida dela, ou, pelo menos, de sua primeira parte. Ana. Christian. Até breve!

Maurício Araya
Jornalista redator do portal Imirante.com


É isso! Eu gostei! Por muito, mas muito mesmo, ele quase me convenceu a ir ao cinema. Acho que um Netflix pode ser a solução daqui há um tempo. Agradeço ao caro colega pela disposição e por, mesmo sem muita explicações de minha parte ter captado o nosso ritmo de SUPER LEITURAS.

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